domingo, 24 de novembro de 2013

I Guerra Mundial

Este post tem como tema a I Guerra Mundial, tema dentro da História contemporânea que é o tema central do Blog. Neste texto fora usados como referência dois textos: "A Grande Guerra: Um cenário inumano" de Carlos Renato Hees, este artigo é fruto de uma pesquisa iconográfica sobre a I Guerra mundial, o intuito do artigo é promover uma reflexão sobre o tema e o impacto que a guerra criou para as pessoas direta e indiretamente. O segundo texto, é um livro de José Paradiso "Prefácio de Norman Angell - A Grande Ilusão" o qual vai tratar sobre o mesmo tema, mas a partir da visão de Norman, que escreveu o vários livros mas ficou bem mais conhecido por ter escrito "A Grande Ilusão" que vem a  tratar sobre a ilusão óptica sobre os "benefícios" da guerra, a qual para ele não tem sentido.

                                                               A Grande Guerra.


De 1914 a 1918, neste recorte temporal existiu um conflito entre nações, o qual causou grande devastação e por abrangência territorial, grande causadora de traumas diretos e indiretos e de poucos vitoriosos e muitos perdedores. Antes da guerra a Europa recém saída do século XIX experimentava um ar de iminente prosperidade que se mostrava nos lucros e crescimento econômico. A iminência de guerra era a consequência da necessidade de expandir o capitalismo nacional, a competição entre nações.
Armas Químicas
Inicialmente, a guerra possuía um caráter menos “profissional”, mas o conflito outrora visto como “inevitável, e diziam (ou imaginavam!), rápida” (HEES; p.501), tornou-se mais tecnológica e científica, na qual se buscava derrotar o inimigo e vice-versa, se tornando mais desenvolvida refletindo o estado de desenvolvimento dos países europeus, “Nenhum deles parecia disposto a permitir de bom grado que os outros se tornassem mais fortes, e a adoção de armas mais sofisticadas exigia dos rivais um novo esforço para não ficar em posição de inferioridade” (PARADISO; 2002)
 Países que tinham o intuito de obter mais territórios “O conflito reconheceu-se como uma guerra de posições onde a morte de milhares de soldados resultava numa conquista de restritos quilômetros” (HEES; p.502), o que obviamente não parece ser uma grande vitória se levar em conta a quantidade de pessoas mortas, numa guerra que neste ponto já havia se direcionado para
“a produção daquilo que poderia redundar em baixas ainda mais numerosas no outro lado, evitando-se o mais possível contato físico. Matar ao longe sem enxergar a quem, matar vários, mas não apenas um ao alguns. Considerar os outros como números de mortos ou mutilados, anônimos, sem rosto e sem olhares a serem trocados nos momentos derradeiros, de matar ou morrer”. (HEES.p.502)

Tais feitos terão sustentação nos novos “aparatos tecnológicos bélicos”, uso de gases, metralhadoras automáticas, granadas, dirigíveis, aviões. Essa era a estratégia, matar muitos a ponto de obter a rendição incondicional. As formas criadas de se matar pessoas é que fazem desta guerra, além de outras mais, ao longo do século XX, uma das mais devastadoras, a criatividade e desenvolvimento nesse momento e para tais fins são surpreendentes.
Outro ponto importante é o momento intelectual apontado por Paradiso em relação à “Origem das espécies”, o qual foi difundido as áreas políticas e sociais, criando a ideia de que a força e o poder não seriam tão diferentes dos aplicados na natureza, e o conceito de nação atribuído ao nacionalismo, o qual seria levado a frente principalmente pela mídia, a comunicação a distância, que mexia com as emoções das pessoas, abrindo caminhos para preconceitos, religiosos, éticos e nacionais, principalmente porque pela lógica do capitalismo, inflamavam os lucros de empresas jornalísticas.
Ralph Norman Angell Lane
Um posicionamento muito interessante de Norman Angell, que escreveu “A grande Ilusão” no contexto da I Guerra Mundial demonstra uma boa crítica a tal acontecimento:
“Meu objetivo não é provar que a guerra é impossível, mas que é inútil... Meu livro não é anti-militarista ou pacifista no sentido ordinário em que esses conceitos sã empregados. Não aconselho a nenhuma não que se descuide de sua defesa, mas que procure demonstrar que nenhum Estado tem interesse em atacar o outro, e que a necessidade de estar permanentemente em condições de defender-se se deve a que cada um acredita que o outro tem esse interesse” (PARADISO;2002)
O que parece uma alternativa bem simples tem um caráter bem forte, pois os motivos da grande guerra foram interesses de nações em relação ao seu crescimento e sua necessidade de expansão econômica e territorial, mas a área social e política também tiveram sua parcela de culpa, pois o momento vivenciado proporcionou o crescimento de um nacionalismo exacerbado e com isso houve a explosão de uma guerra a que deixaram muitos estragos as pessoas que participaram dela efetivamente ou não, pois ela atingiu grandes proporções.

Referências:
HEES, Carlos Renato. A grande Guerra – um cenário inumano. Disponível in: <guaiba.ultra.br/seminários/eventos/2011/artigos/historia/seminário.860.pdf> Acesso em: 21 de Nov de 2013.

PARADISO, Jose. Prefácio para Norman Angell – A Grande Ilusão. Brasilia. FUNAG, 2002.p. IX-LI.
 

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