domingo, 1 de dezembro de 2013

Revolução Russa

Lênin

Esta postagem do blog tem como tema a Revolução Russa, o texto base para esta postagem é um artigo da Revista Eletrônica Arma da Crítica, de 2010, de Frederico Costa. O artigo tem o intuito de mostrar a Revolução Russa como o resultado de muitos homens e mulheres e que seus resultados não foram predeterminados e sim uma construção da briga entre revolucionários e contrarrevolucionários.

REVOLUÇÃO RUSSA
A revolução possui entendimento complexo, após a grande guerra sob as orientações de Vladimir Lênin e Leon Trotsky, o proletariado pôde experimentar uma grande investida rumo à conquista do poder. A qual seria marcada por conflitos internos de suas lideranças assim como a investida do capitalismo e os conceitos de "globalização" e "neoliberalismo" que podem ter influenciado o rumo tomado pela frente de esquerda, de acordo com Frederico Costa:
"Assim por décadas, a chamada 'questão russa' - o projeto Bolchevique a tomada do poder, o projeto de construção do socialismo, o stalinismo, a natureza do Estado soviético -, foi o centro de disputas de diversas correntes do movimento operário ao porem em discussão a possibilidades de superação do capitalismo e os caminhos de construção de uma sociedade pós-capitalista”. (COSTA; p.6)
O czarismo chega ao fim em 1917 quando entra em ruina após a decomposição do exercito e o papel revolucionário do operariado. Dando lugar a um governo provisório composto por partidos burgueses. Nesse momento a Rússia partilha de uma dualidade de poderes, o governo provisório: burguês e os Sovietes: operários.
“Em 1919-20 uma onda revolucionária convulsiona a Itália, sobretudo nas regiões industriais do norte, cristalizando-se as rupturas entre sociais democratas - que se negam a romper com o estado burguês é o capitalismo, posicionando-se contrarrevolucionários, logo que as massas ameaçam a ordem burguesa – e os comunistas, orientados para a vitória da revolução proletária”. (COSTA; p. 12)
O poder do governo provisório que recobria o aparelho do Estado burguês em desagregação e do outro lado da moeda existia a rede sovietes, que progressivamente construíam um embrião de Estado operário. Uma dessas classes seriam os bolcheviques que significa Bolch (russo: большевик, transliteração "bolshevik") é uma palavra da língua russa, e significa "maioritário". Assim foram chamados os integrantes da facção do Partido Operário Socialdemocrata Russo liderada por Vladimir Lênin.
As ideias de luta por uma ditadura do proletariado era um ponto que divergia os diligentes bolcheviques, como Stalin, Kamelev e Molotov. As quais brigavam pela maior aceitação de sovietes, e após a conquista da maioria de sovietes pelos bolcheviques a luta pelo poder era diária. Mas após a insurreição operária do II congresso Pan-Russo dos sovietes, o governo provisório e o Estado desagregaram-se e deu lugar a um Estado segundo a Comuna de Paris, um Estado operário. A partir desse momento, a Revolução Russa deveria ser o estimulo para o socialismo mundial, porém, a Europa central foi derrotada.
Lenin, de acordo com Frederico Costa, foi quem levou a revolução para o caminho certo, para a superação do capitalismo, o que não aconteceria mais a frente com a decadência econômica e o desemprego e consequentemente a redução da classe operária. E que após isso houve uma ruptura no partido Bolchevique, Stalin saiu vitorioso e provocou a morte de muitos homens e mulheres que faziam parte do comitê de Lênin. O stalinismo foi instalado e obviamente ele foi algo totalmente diferente do que foi projetado para uma Revolução Russa, vários fatores ocasionaram esse acontecimento, as dificuldades econômica, o capitalismo se restaurando, as divergências dentro do partido, de maneira que não foi algo pensado, uma conspiração e sim uma outra variante do socialismo, que foi modificada com os acontecimentos.
Referências:
 COSTA, Frederico. A Revolução Russa - Vitória, degeneração e resistência. Revista Arma da Critica, Ano 2, Numero, 2, março 2010



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