Lênin |
Esta postagem do blog tem como tema a Revolução Russa, o texto base para esta postagem é um artigo da Revista Eletrônica Arma da Crítica, de 2010, de Frederico Costa. O artigo tem o intuito de mostrar a Revolução Russa como o resultado de muitos homens e mulheres e que seus resultados não foram predeterminados e sim uma construção da briga entre revolucionários e contrarrevolucionários.
REVOLUÇÃO RUSSA
A revolução
possui entendimento complexo, após a grande guerra sob as orientações de
Vladimir Lênin e Leon Trotsky, o proletariado pôde experimentar uma grande
investida rumo à conquista do poder. A qual seria marcada por conflitos
internos de suas lideranças assim como a investida do capitalismo e os
conceitos de "globalização" e "neoliberalismo" que podem
ter influenciado o rumo tomado pela frente de esquerda, de acordo com Frederico
Costa:
"Assim por décadas, a chamada 'questão russa' - o projeto
Bolchevique a tomada do poder, o projeto de construção do socialismo, o
stalinismo, a natureza do Estado soviético -, foi o centro de disputas de
diversas correntes do movimento operário ao porem em discussão a possibilidades
de superação do capitalismo e os caminhos de construção de uma sociedade
pós-capitalista”. (COSTA; p.6)
O czarismo chega
ao fim em 1917 quando entra em ruina após a decomposição do exercito e o papel
revolucionário do operariado. Dando lugar a um governo provisório composto por
partidos burgueses. Nesse momento a Rússia partilha de uma dualidade de
poderes, o governo provisório: burguês e os Sovietes: operários.
“Em 1919-20 uma onda revolucionária convulsiona a Itália, sobretudo nas
regiões industriais do norte, cristalizando-se as rupturas entre sociais
democratas - que se negam a romper com o estado burguês é o capitalismo,
posicionando-se contrarrevolucionários, logo que as massas ameaçam a ordem
burguesa – e os comunistas, orientados para a vitória da revolução proletária”.
(COSTA; p. 12)
O poder do
governo provisório que recobria o aparelho do Estado burguês em desagregação e
do outro lado da moeda existia a rede sovietes, que progressivamente construíam
um embrião de Estado operário. Uma dessas classes seriam os bolcheviques que
significa Bolch (russo: большевик, transliteração "bolshevik") é uma
palavra da língua russa, e significa "maioritário". Assim foram
chamados os integrantes da facção do Partido Operário Socialdemocrata Russo
liderada por Vladimir Lênin.
As ideias de
luta por uma ditadura do proletariado era um ponto que divergia os diligentes
bolcheviques, como Stalin, Kamelev e Molotov. As quais brigavam pela maior
aceitação de sovietes, e após a conquista da maioria de sovietes pelos
bolcheviques a luta pelo poder era diária. Mas após a insurreição operária do
II congresso Pan-Russo dos sovietes, o governo provisório e o Estado
desagregaram-se e deu lugar a um Estado segundo a Comuna de Paris, um Estado
operário. A partir desse momento, a Revolução Russa deveria ser o estimulo para
o socialismo mundial, porém, a Europa central foi derrotada.
Lenin, de acordo
com Frederico Costa, foi quem levou a revolução para o caminho certo, para a
superação do capitalismo, o que não aconteceria mais a frente com a decadência econômica
e o desemprego e consequentemente a redução da classe operária. E que após isso
houve uma ruptura no partido Bolchevique, Stalin saiu vitorioso e provocou a
morte de muitos homens e mulheres que faziam parte do comitê de Lênin. O
stalinismo foi instalado e obviamente ele foi algo totalmente diferente do que
foi projetado para uma Revolução Russa, vários fatores ocasionaram esse
acontecimento, as dificuldades econômica, o capitalismo se restaurando, as divergências
dentro do partido, de maneira que não foi algo pensado, uma conspiração e sim
uma outra variante do socialismo, que foi modificada com os acontecimentos.
Referências:
COSTA, Frederico. A Revolução Russa - Vitória, degeneração e resistência. Revista Arma da Critica, Ano 2, Numero, 2, março 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário