domingo, 9 de fevereiro de 2014

A Descolonização Afro-Asiática

 O texto dessa semana tem como tema a descolonização afro-asiática, a qual aconteceu devido a colonização (óbvio), resposta de uma exploração é um levante de insatisfação e procura pela independência ou ao menos deveria ser assim em todos os casos. Os textos usados na construção deste post são: "intervenciones descoloniales" artigo de uma revista escrito por Ramón Grosfoguel e Walter Mignolo, que trata das tríade "modernidad/ colonialidad/ descolonialid" em relação aos países explorados pelas hegemonias e as diferenças de exploração, o texto "A Era dos Extremos" de Eric Hobsbawn e "A descolonização da áfrica nos livros didáticos" de Genilder Silva.

A descolonização Afro-asiática e a revolta contra o ocidente.

            A África e a Ásia desde a primeira guerra mundial foram alvo de disputas de suas terras, após a primeira guerra a Europa enfraquece e após e segunda guerra, declina.

“Com o término dessa Guerra as experiências históricas de re- sistência dos povos africanos que até então eram praticamente isoladas, adquiriram novos ingredientes que possibilitou avanços por uma luta na busca de emancipação das regiões sob a tutela dos países europeus. Um elemento integrador dessa união girou em torno da realização de congresso, que ficaram conhecidos de pan-africanos.” (SILVA, 2008, pp.181-182)

Com a Europa em baixa as colônias formadas anteriormente criaram um sentimento nacionalista e com a briga da URSS e EUA na guerra fria por mais adeptos de capitalismo ou comunismo desencadearam nesses países afro-asiáticos movimentos de independência, os quais não foram homogêneos e que deram um surgimento em massa de novos Estados, uma divisão feita pelos colonizadores sem respeitar as diferenças regionais e étnicas, desencadeou conflitos.

Esses países considerados como Terceiro mundo devido ao seu “atraso” tecnológico e sua dependência estrangeira é apontado por Hobsbawm como países com grande quantidade de pessoas e grande quantidade de Estados.

“O número de Estados internacionalmente reconhecidos como independentes na Ásia quintuplicou. Na África, onde havia um em 1939, agora eram cerca de cinquenta. Mesmo nas Américas, onde a descolonização no início do século XIX deixara atrás umas vinte repúblicas latinas, a de então acrescentou mais uma dúzia. Contudo, o importante nelas não era o seu número, mas seu enorme e crescente peso demográfico, e a pressão que representavam coletivamente”. (HOBSBAWN, 1995, pp.337)


            A resistência Afro-asiática em relação aos colonizadores europeus foi notável, pois foram criadas conferências com a ajuda da ONU para a escolha de estratégias de rompimento das relações de dominação a que foram submetidos os africanos, pois, desde o início do avanço colono para essa região os argumentos usados para a dominação foi a um discurso ideológico de superioridade. “É como se não existisse o ser humano, mas um mero espectro de homem negro o qual é prejudicial a todos.” (SILVA, 2008, p. 180)

            Assim como Ramón e Walter demonstram em seu texto “Intervenciones decoloniales” para a revista "Tabula rasa" sobre a colonização e descolonização da África e Ásia

“En el proceso histórico la tríada se formó, por un lado, mediante la invasión Europea en América y la trata de esclavos, en nombre de la salvación de almas y del progreso económico. Esto es, mediante una retórica positiva de salvación, mientras que para ello es necesaria la trata de esclavos, la explotación de los indígenas y la expropiación de sus tierras. Así, la retórica positiva de la modernidad justifica la lógica destructiva de la colonialidad. Tanto la lógica positiva impuesta a quienes no desean que se les imponga, como la lógica de la destructividad de la colonialidad engendran reacciones y respuestas que, por razones obvias, llamamos des-coloniales. Las respuestas descoloniales que surgieron de varias maneras en los siglos XVI al XVIII en las Américas, y luego en Asia y África.” (GROSFOGUEL & MIGNOLO,2008, pp. 3)

            Tais evidências de uma exploração exacerbada pela colonização deixaram fortes marcas não só na parte cultural como na organização geopolítica da região, tal colonização que sofreu resistência, mas com consequências no desenvolvimento econômico das regiões exploradas causando dependências.

Referências:

GROSFOGUEL, Ramón & MIGNOLO, Walter. Intervenciones decoloniales. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, No.9: 29-37, julho-dezembro, 2008. 
SILVA, Genilder. A descolonização da África nos livros didáticos. Revista de Estudos do Norte goiano. Vol1, n 1, 2008.
HOBSBAWN, Eric J. A Era do Extremos: O breve século XX: 1914-1991; tradução Marcos Santarrita, - São Paulo, companhia das letras, 1995. 

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