O texto dessa semana tem como tema a descolonização afro-asiática, a qual aconteceu devido a colonização (óbvio), resposta de uma exploração é um levante de insatisfação e procura pela independência ou ao menos deveria ser assim em todos os casos. Os textos usados na construção deste post são: "intervenciones descoloniales" artigo de uma revista escrito por Ramón Grosfoguel e Walter Mignolo, que trata das tríade "modernidad/ colonialidad/ descolonialid" em relação aos países explorados pelas hegemonias e as diferenças de exploração, o texto "A Era dos Extremos" de Eric Hobsbawn e "A descolonização da áfrica nos livros didáticos" de Genilder Silva.
A
descolonização Afro-asiática e a revolta contra o ocidente.
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“Com o término dessa Guerra as
experiências históricas de re- sistência dos povos africanos que até então eram
praticamente isoladas, adquiriram novos ingredientes que possibilitou avanços
por uma luta na busca de emancipação das regiões sob a tutela dos países
europeus. Um elemento integrador dessa união girou em torno da realização de
congresso, que ficaram conhecidos de pan-africanos.” (SILVA, 2008, pp.181-182)
Com a Europa em baixa as colônias formadas
anteriormente criaram um sentimento nacionalista e com a briga da URSS e EUA na
guerra fria por mais adeptos de capitalismo ou comunismo desencadearam nesses países
afro-asiáticos movimentos de independência, os quais não foram homogêneos e que
deram um surgimento em massa de novos Estados, uma divisão feita pelos
colonizadores sem respeitar as diferenças regionais e étnicas, desencadeou
conflitos.
Esses países considerados como
Terceiro mundo devido ao seu “atraso” tecnológico e sua dependência estrangeira
é apontado por Hobsbawm como países com grande quantidade de pessoas e grande
quantidade de Estados.
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A
resistência Afro-asiática em relação aos colonizadores europeus foi notável,
pois foram criadas conferências com a ajuda da ONU para a escolha de
estratégias de rompimento das relações de dominação a que foram submetidos os
africanos, pois, desde o início do avanço colono para essa região os argumentos
usados para a dominação foi a um discurso ideológico de superioridade. “É como se não existisse o ser humano, mas um
mero espectro de homem negro o qual é prejudicial a todos.” (SILVA, 2008,
p. 180)
Assim
como Ramón e Walter demonstram em seu texto “Intervenciones decoloniales” para
a revista "Tabula rasa" sobre a colonização e descolonização da África e Ásia
“En el proceso histórico la tríada se
formó, por un lado, mediante la invasión Europea en América y la trata de
esclavos, en nombre de la salvación de almas y del progreso económico. Esto es,
mediante una retórica positiva de salvación, mientras que para ello es
necesaria la trata de esclavos, la explotación de los indígenas y la
expropiación de sus tierras. Así, la retórica positiva de la modernidad
justifica la lógica destructiva de la colonialidad. Tanto la lógica positiva
impuesta a quienes no desean que se les imponga, como la lógica de la
destructividad de la colonialidad engendran reacciones y respuestas que, por
razones obvias, llamamos des-coloniales. Las respuestas descoloniales que
surgieron de varias maneras en los siglos XVI al XVIII en las Américas, y luego
en Asia y África.” (GROSFOGUEL & MIGNOLO,2008, pp. 3)
Tais evidências de uma
exploração exacerbada pela colonização deixaram fortes marcas não só na parte cultural
como na organização geopolítica da região, tal colonização que sofreu
resistência, mas com consequências no desenvolvimento econômico das regiões
exploradas causando dependências.
Referências:
GROSFOGUEL, Ramón & MIGNOLO, Walter.
Intervenciones decoloniales. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, No.9: 29-37,
julho-dezembro, 2008.
SILVA, Genilder. A descolonização da África nos livros
didáticos. Revista de Estudos do Norte goiano. Vol1, n 1, 2008.
HOBSBAWN, Eric J. A Era do Extremos: O breve
século XX: 1914-1991; tradução Marcos Santarrita, - São Paulo, companhia das
letras, 1995.
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